Autor: Suelen da Silva Piccoli (Currículo Lattes)
Resumo
Esta dissertação investiga a experiência de mulheres brasileiras autoexpatriadas, explorando como essa escolha impacta suas carreiras e vidas pessoais, abordando as motivações, experiências e desafios enfrentados frente as suas escolhas, experienciando o efeito de ser mulher e suas perspectivas. Através de entrevistas detalhadas, emergem temas complexos e multifacetados que delineiam suas jornadas. A transformação de identidade é um aspecto proeminente, evidenciando como a autoexpatriação as desafia a se redefinirem em um novo contexto cultural e profissional. A inserção no mercado de trabalho estrangeiro revela desafios significativos, desde obstáculos burocráticos até a necessidade de se adaptar a um novo ritmo de trabalho. As brasileiras entrevistadas destacam a valorização de suas profissões no exterior e a decisão unânime de não retornar ao Brasil reflete um anseio coletivo por oportunidades de crescimento e qualidade de vida no exterior. A saudade, inicialmente intensa, amadurece com o tempo, enquanto a pandemia destaca a importância da resiliência diante de desafios imprevisíveis. O estudo destaca não apenas os benefícios profissionais da autoexpatriação, mas também os desafios pessoais enfrentados pelas mulheres, incluindo a superação de estereótipos de gênero e a construção de uma identidade independente. A análise sistêmica da experiência dessas mulheres contribui para uma compreensão mais holística da autoexpatriação feminina, considerando não apenas os aspectos profissionais, mas também os sociais e emocionais. A discussão sobre sustentabilidade de carreira em uma perspectiva sistêmica revela a importância de práticas inclusivas e proativas. Este estudo proporciona insights valiosos para profissionais, acadêmicos e gestores interessados na dinâmica complexa da autoexpatriação feminina, apontando para a necessidade de abordagens mais inclusivas e sustentáveis nas carreiras internacionais.